Aiuruoca - um amor antigo

Rochas metamórficas de alto grau, formadas em temperaturas de até 800°C e pressões de 11kbar, geradas há de cerca de 600 milhões de anos. 


A história começou assim. A minha história com Aiuruoca ao menos.  Como disse lá no início, Aiuruoca está dentro da minha área de pesquisa, área essa que foi tema da minha dissertação de mestrado em 2004. 

O evento geológico mais interessante é que o processo de movimentação dessas rochas e que deu origem à forma da Serra da Mantiqueira foi dado pelo empilhamento relativamente rápido de rochas formadas em profundidades diferentes (o que reflete na temperatura e pressão). 

Foi mais ou menos isso que aconteceu por lá: 

Sim, rochas de movem, dobram, fraturam e por aí vai...

E ficou assim:




Sim, é um pouco mais complexo. A região é objeto de estudo de muitos pesquisadores e não é pra menos Avariedade e riqueza de processo geológicos (dobras, falhas, minerais raros, etc.) e a boa preservação desses registros é sensacional para quem pesquisa a história da evolução terrestre. 

Mas lá se foram 13 anos e voltei atrás de... AZEITE!

Fiquei apenas um noite em Airuoca e resolvi ficar no centro mesmo (Hotel Kravo e Kanela). Foi uma questão essencialmente logística pois lá ficaria mais perto das oliveiras da Olibi. Os lugares mais bonitos para se hospedar com direito à trilha-cachoeira-paisagem-sossêgo ficam nas regiões dos Garcias e do Vale do Matutu, junto à área do Parque Estadual da Serra do Papagaio. 

Como seguiria rumo Alagoa, esse seria exatamente meu trajeto, ou seja, parada para cachoeiras só no dia seguinte e já com o pé na estrada. Curiosidade: a nascente do Rio Aiuruoca é a mais alta do país e fica no Pico das Agulhas Negras  (2.450m). É este rio que avistará no caminho todo. 

Aiuruoca é pequena, bem pequena. Cerca de 6mil habitantes. Um museu (quando fui estava fechado), uma igrejinha, algumas padarias e mercearias para um café com bolo. Para almoçar, o restaurante do hotel foi perfeito com comida caseira e um dos melhores angus que comi.  




A visita à OLIBI estava agendada há algumas semanas. Enviei um email ao Sr. Nelio Weiss, dono da fazenda e passei a combinar os detalhes com o Sr. Taborda, quem me recebeu no dia marcado. 

Além dos oliveriais, a fazenda tem um trabalho diferenciado que envolve reflorestamento de árvores nativas da Mata Atlântica. Também recebem aves resgatadas pela Polícia Federal/IBAMA, vítimas de tráfico e de maus-tratos e fazem um trabalho de recuperação e soltura lá na fazenda mesmo. Vale a pena conhecer. 




Tinha azeite? Tinha! Mas as azeitonas que procurava não mais... :( Tratam-se de azeitonas passa, sim, desidratadas com um sabor super concentrado. Essas, só o ano que vem. 

Olibi
http://www.olibi.com.br/
Contato: (35) 99983-0957 ounelio.weiss@olibi.com.br
Se seguir a rota usando GoogleMaps, o ponto final marcará outra fazenda, que não é a Olibi (embora tenha placa de azeite). Siga em frente por mais 10 minutos e verá as plaquinhas corretas. 

Pousada Kravo e Kanela (antiga Pousa Dois Irmãos)
Rua Cel. Oswaldo, 204, Centro
pousadakravokanela@gmail.com
(35) 3344-1373

Portal de Turismo de Aiuruoca

http://www.aiuruoca.mg.gov.br/turismo/portal/




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